O que é?
A tireóide é uma glândula situada na parte anterior do pescoço em frente a traquéia. É responsável por produzir os hormônios T3 , T4 (também chamado tiroxina ou hormônio tireóideo) e a calcitonina. Esses hormônios são responsáveis por uma série de ações fisiológicas do organismo, como controlar o metabolismo, a temperatura do corpo, o sistema cardiovascular, o crescimento e o desenvolvimento dos ossos, dentre outras.
O câncer da tireóide se inicia quando células da tireóide se modificam e sofrem um crescimento e proliferação descontrolado, formando um tumor. Existem dois grandes grupos de tumores da tireóide: os benignos (não cancerosos) e malignos (cancerosos). Os tumores de tireóide podem também ser chamados de nódulos, e 90% dos nódulos de tireóide são benignos.ou deles
Os tipos mais comuns de câncer de tireóide são o papilar e o folicular, que frequentemente são curáveis. Outros tipos menos comuns incluem o tipo medular e o anaplásico.
Quais os fatores de risco para o câncer de tireóide?
Os estudos têm demonstrado que os principais fatores de risco para desenvolver câncer de tireóide são os seguintes:
- Radiação: pessoas expostas a altos níveis de radiação têm maior probabilidade de desenvolver câncer de tireóide papilar ou folicular.
- História pessoal: pessoas com bócio e nódulos benignos de tireóide têm maior risco de desenvolver câncer de tireóide.
- História familiar de câncer de tireóide: o carcinoma medular de tireóide muitas vezes é familiar.
- História familiar de bócio: algumas pessoas com bócio ou história familiar de bócio com múltiplos nódulos benignos de tireóide têm maior risco para desenvolver carcinoma papilar de tireóide.
- Gênero: mulheres têm 3 vezes mais chance de desenvolver câncer de tireóide do que homens.
- Idade: a grande maioria dos cânceres de tireóide se desenvolve após os 45 anos de idade.
Ter um ou mais fatores de risco não significa que a pessoa vai ter um câncer de tireóide. A maioria das pessoas que tem fatores de risco nunca desenvolverá um câncer.
Quais são os sintomas?
Os sintomas do câncer de tireóide aparecem com o crescimento do tumor e são os seguintes:
- aumento do volume da parte anterior do pescoço;
- gânglios aumentados no pescoço;
- mudanças na voz
- problemas para engolir ou respirar;
- dor na garganta ou no pescoço que não passam.
Apesar de estes serem os sintomas mais comuns em quem tem este câncer, frequentemente estes sintomas não são devidos ao câncer. Vários problemas de saúde benignos podem causar estes sintomas.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico se faz com a ajuda das seguintes abordagens médicas:
- história e exame físico realizado por um médico;
- exames laboratoriais;
- ultrasonografia (ecografia) da região do pescoço;
- biópsia dos nódulos suspeitos.
O que é e para que serve o estadiamento?
O estadiamento é a forma de descrever o câncer quanto ao seu tamanho, localização, se o câncer se espalhou para outra região, para onde se espalhou e se está afetando outras funções do organismo. O câncer de tireóide tem estágios de I a IV.
Tratamento
O câncer de tireóide possui várias opções de tratamento em que a escolha depende do tipo de câncer (papilar, folicular, medular ou anaplásico), do tamanho do nódulo, da idade do paciente, se o câncer está restrito à tireóide ou já se espalhou para outro órgão e do estado geral de saúde do paciente.
As opções de tratamento são as seguintes:
- cirurgia;
- terapia com iodo radioativo;
- radioterapia;
- quimioterapia.
A cirurgia é o principal tratamento para o câncer de tireóide e a quantidade da glândula a ser removida depende do tamanho e do tipo do tumor assim como da idade do paciente. As pessoas tratadas com cirurgia normalmente necessitam de tratamento hormonal para repor o hormônio da tireóide e diminuir o crescimento de qualquer célula cancerosa remanescente.
A terapia com iodo radioativo pode ser usada para eliminar um câncer não removido pela cirurgia e toda célula cancerosa que tenha se espalhado para fora da tireóide.
A radioterapia pode ser usada quando um tumor avançado não responde à terapia com iodo radioativo e comumente é aplicada após a cirurgia.
A quimioterapia é usada mais raramente e em pacientes em que as outras opções não foram suficientes para controlar a doença.
Qual é o prognóstico?
A maioria dos pacientes com câncer de tireóide papilar não morrem da doença. O câncer folicular ocorre tipicamente em pacientes mais velhos e é mais comum apresentar um curso clínico mais agressivo, metástases à distância e maior mortalidade que o tipo papilar.
Uma série de fatores estão associados com um maior risco do tumor reaparecer e com a mortalidade decorrente do câncer. Os fatores mais importantes são: idade no momento do diagnóstico; tamanho do tumor primário; invasão de tecidos em volta da glândula e metástases à distância. Por outro lado, mulheres podem ter um prognóstico melhor que homens.
A maioria dos reaparecimentos (recorrência) dos cânceres de tireóide diferenciados ocorre dentro dos primeiros cinco anos após o início do tratamento. Porém, recorrências podem ocorrer muitos anos depois, particularmente nos de tipo papilar ...
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